reuniram-se em Lisboa
Reforçar a solidariedade <br>Lutar pelo socialismo
Realizou-se no passado fim-de-semana em Lisboa um Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários. Durante três dias de intenso debate, delegações de 63 partidos de todo o mundo discutiram em torno do tema «Perigos e potencialidades da situação internacional. A estratégia do imperialismo e a questão energética, a luta dos povos e a experiência da América Latina, a perspectiva do socialismo». Foi a oitava vez que se realizou um encontro deste género, mas foi a primeira vez em Portugal. Desde 1998 que eram realizados na Grécia.
A abrir o encontro, o secretário-geral do PCP saudou os partidos presentes manifestando uma «grande confiança» nos trabalhadores e no povo português, bem como nos trabalhadores e nos povos do mundo. Para Jerónimo de Sousa, «à estreita cooperação das classes dominantes e à ofensiva global do imperialismo é cada vez mais necessário responder com acção comum ou convergente» dos partidos comunistas e operários de todo o mundo.
Receber o encontro internacional foi, para o PCP, um «desafio exigente», destacou Jerónimo de Sousa. Mas, prosseguiu, o «facto de o decidirmos levar por diante – no quadro de um profundo respeito pelas características, pela autonomia e pela história de cada um dos nossos partidos – é já de si um sinal importante da vontade de todos nós, valorizando o que nos une, procurar cooperação e acção comum». O secretário-geral do PCP destacou ainda a importância que os Encontros Internacionais de Partidos Comunistas e Operários assumem para uma troca mais regular de informações entre os partidos sobre a situação em cada país, bem como as suas análises sobre a evolução da situação internacional.
Momentos como este, realçou o dirigente do PCP, são «oportunidades chave para conhecermos mais de perto as lutas em que os nossos povos estão envolvidos». Até porque, prosseguiu, um melhor conhecimento recíproco cimenta a confiança e fortalece a solidariedade internacionalista. Solidariedade essa que, destacou Jerónimo de Sousa, é intrínseca aos valores dos comunistas e dos revolucionários e está intimamente ligada aos princípios do internacionalismo proletário.
Afirmar a alternativa
«A cooperação e solidariedade são para nós a base do fortalecimento do nosso movimento», realçou Jerónimo de Sousa, considerando que a situação actual é ainda de resistência e acumulação de forças mas ao mesmo tempo marcada por sinais, «ainda que frágeis, de recuperação». Assim, desafiou o secretário-geral do PCP, é necessário «encontrarmos em conjunto soluções mais estáveis de cooperação que afirmem as políticas alternativas que os comunistas e os revolucionários preconizam».
Para Jerónimo de Sousa, a melhor contribuição que o PCP pode dar para a luta mais geral pela superação revolucionária do capitalismo é o «reforço da sua organização e ligação às massas». O dirigente do PCP realçou ainda que o lugar dos comunistas portugueses é «junto e no seio dos trabalhadores e do povo». Para o PCP, permanece válida a ideia central de que o plano nacional continua a ser determinante na luta de classes, cada vez mais viva e intensa. A saudação de Jerónimo de Sousa abria assim os três dias de debate do Encontro Internacional.
Solidariedade com os povos em luta
No sábado à noite, em Almada, o Partido realizou um comício internacional com o lema «PCP – 85 anos de solidariedade com os povos em luta». No palco da centenária Academia Almadense – que transbordava de gente e de entusiasmo comunista – estiveram representadas as delegações dos partidos presentes no encontro, bem como de outros partidos com representação em Portugal, nomeadamente dos países africanos de língua portuguesa, do Brasil e de Timor-Leste.
No comício tomaram da palavra, para além do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, representantes dos partidos comunistas da África do Sul, de Cuba, da Grécia, do Líbano e da Rússia. Momento de grande solidariedade e emoção, o comício terminou com A Internacional, que foi merecedora do nome que tem: cada um no seu idioma, todos a cantaram, de punho erguido e redobrada confiança no futuro.
Nas páginas seguintes publicamos um pouco daquilo que foi o Encontro Internacional dos Partidos Comunistas e Operários do passado fim-de-semana e as intervenções proferidas no comício internacional.
Receber o encontro internacional foi, para o PCP, um «desafio exigente», destacou Jerónimo de Sousa. Mas, prosseguiu, o «facto de o decidirmos levar por diante – no quadro de um profundo respeito pelas características, pela autonomia e pela história de cada um dos nossos partidos – é já de si um sinal importante da vontade de todos nós, valorizando o que nos une, procurar cooperação e acção comum». O secretário-geral do PCP destacou ainda a importância que os Encontros Internacionais de Partidos Comunistas e Operários assumem para uma troca mais regular de informações entre os partidos sobre a situação em cada país, bem como as suas análises sobre a evolução da situação internacional.
Momentos como este, realçou o dirigente do PCP, são «oportunidades chave para conhecermos mais de perto as lutas em que os nossos povos estão envolvidos». Até porque, prosseguiu, um melhor conhecimento recíproco cimenta a confiança e fortalece a solidariedade internacionalista. Solidariedade essa que, destacou Jerónimo de Sousa, é intrínseca aos valores dos comunistas e dos revolucionários e está intimamente ligada aos princípios do internacionalismo proletário.
Afirmar a alternativa
«A cooperação e solidariedade são para nós a base do fortalecimento do nosso movimento», realçou Jerónimo de Sousa, considerando que a situação actual é ainda de resistência e acumulação de forças mas ao mesmo tempo marcada por sinais, «ainda que frágeis, de recuperação». Assim, desafiou o secretário-geral do PCP, é necessário «encontrarmos em conjunto soluções mais estáveis de cooperação que afirmem as políticas alternativas que os comunistas e os revolucionários preconizam».
Para Jerónimo de Sousa, a melhor contribuição que o PCP pode dar para a luta mais geral pela superação revolucionária do capitalismo é o «reforço da sua organização e ligação às massas». O dirigente do PCP realçou ainda que o lugar dos comunistas portugueses é «junto e no seio dos trabalhadores e do povo». Para o PCP, permanece válida a ideia central de que o plano nacional continua a ser determinante na luta de classes, cada vez mais viva e intensa. A saudação de Jerónimo de Sousa abria assim os três dias de debate do Encontro Internacional.
Solidariedade com os povos em luta
No sábado à noite, em Almada, o Partido realizou um comício internacional com o lema «PCP – 85 anos de solidariedade com os povos em luta». No palco da centenária Academia Almadense – que transbordava de gente e de entusiasmo comunista – estiveram representadas as delegações dos partidos presentes no encontro, bem como de outros partidos com representação em Portugal, nomeadamente dos países africanos de língua portuguesa, do Brasil e de Timor-Leste.
No comício tomaram da palavra, para além do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, representantes dos partidos comunistas da África do Sul, de Cuba, da Grécia, do Líbano e da Rússia. Momento de grande solidariedade e emoção, o comício terminou com A Internacional, que foi merecedora do nome que tem: cada um no seu idioma, todos a cantaram, de punho erguido e redobrada confiança no futuro.
Nas páginas seguintes publicamos um pouco daquilo que foi o Encontro Internacional dos Partidos Comunistas e Operários do passado fim-de-semana e as intervenções proferidas no comício internacional.